terça-feira, 18 de setembro de 2012

a(a) cama


Nesse mundo só somos donos de nós mesmos
E das nossas camas.
Igual à  própria vida,
Modifica-se por movimentos talvez consequências de sonhos.
Igual à própria vida,
Sem zelo, vira um caos dos mais bisonhos.

Tem gente que tem cama macia
Fácil
E tem gente que se acaricia
Como se chão pudesse virar palácio.

Podemos trocar de lençol, de  cama e colchão
Mudar da fronha ao travesseiro
Mas é impossível fugir da nossa condição
E não nos entregarmos por inteiro.

A cama, como nós,
Vem em diversas formas, tamanhos e cores,
E carrega em si nossos devaneios, pesadelos e dores.
Obrigado, ó cama, por não nos deixar sós.

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